Caminhões conectados entregam em menos tempo, com menos custos e mais segurança!
Grandes empresas e cooperativas estão usando soluções em sistemas e equipamentos para gestão de logística, risco, rastreamento, telemetria e rastreabilidade de produtos e processos. O objetivo é reduções de custos, melhoria de produtividade com gestão e controle dos processos em toda cadeia logística
Na indústria de alimentos a logística pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso na atividade. Por isso, as grandes empresas e cooperativas estão usando soluções em sistemas e equipamentos para gestão de logística, risco, rastreamento, telemetria e rastreabilidade de produtos e processos. O objetivo é reduções de custos, melhoria de produtividade com gestão e controle dos processos em toda cadeia logística.
No setor de laticínios essa logística precisa ser ainda mais refinada, por ser o leite um produto altamente perecível. Hoje, sistemas de monitoramento controlam todas as características da carga, mas também de caminhões e outras máquinas e dos próprios motoristas. “Com esse sistema eu consigo pegar toda a captação de leite, planejar a rota, com melhor caminho, menor tempo e melhor custo”, resume o gerente de operações da Ravex, Tailan Machado.
“Consigo medir tempo de deslocamento, temperatura em que o produto está sendo transportado, inclusive em áreas rurais, onde temos zonas escuras de sinal de celular, pois usamos tecnologia satelital, com sinal online de três em três minutos”, emenda o profissional, que demonstrou suas soluções em logística para o agro durante o Show Rural Coopavel, que acontece em fevereiro, em Cascavel, no Paraná.
Com o controle online das coletas do leite, a empresa diz entregar aumento da produtividade na relação de quilômetros rodados com litros coletados. A roteirização dos veículos por regiões ou rotas pré-definidas otimiza os veículos e garante trajetos com mais eficiência.
Ele destaca que o sistema possui integração com outros softwares. “O sistema dialoga com outros softwares operacionais que a indústria possa utilizar, eliminando a alimentação manual de dados e proporcionando ainda mais exatidão e rapidez para o processo”.
De acordo com Tailan, todas as informações sobre a operação logística são armazenadas na nuvem. Assim, o cliente não se onera com os altos custos de servidores físicos e ainda tem fácil acesso aos dados, obtendo informações de qualquer hora e local.
Com relatórios em mãos, a indústria de lácteos pode promover melhorias, sugere o profissional. “Com os relatórios gerenciais e gráficos de desempenho disponíveis na solução, é possível analisar e mensurar os resultados da operação logística”, pontua.
Para outras situações
As soluções podem ser usadas além da cadeia leiteira, como em plantadeiras, para saber se ela está trabalhando adequadamente, ou caminhões, para saber se os motoristas estão seguros ou demonstrando expressões de sono ou cansaço. “Nosso principal objetivo é fornecer dados. Imaginemos uma plantadeira. Eu consigo colocar uma telemetria que me gera informações, como hora trabalhada da máquina, temperatura do motor da máquina, saber a jornada de trabalho do operador que está conduzindo a máquina, que horas que ele chegou e que horas que ele parou para a refeição, que horas retornou para casa, saber a rotação do motor, entre outra situações. Através dessas configurações do sistema consigo gerar não só dados, mas extrair alertas para fazer eventuais correções”, salienta, ampliando: “Quer dizer, se eu tenho um nível de telemetria que eu acho que é o ideal para a máquina funcionar e que esse nível fosse extrapolado, o sistema gera alerta para a torre de controle, para a central ou para o fazendeiro. Ele consegue emitir alerta para as pessoas que estão fazendo a gestão daquele processo (de logística). Em cima disso ele consegue agir”, destaca.
Ainda de acordo com Tailan, existe a chamada inteligência embarcada, onde “você configura o padrão que aquela máquina deve trabalhar e caso ele fuja desse padrão a telemetria ajusta para dentro da normalidade”.
O videomonitoramento das máquinas e dos arredores é também ferramenta que vem sendo usada na logística. O monitoramento de sonolência e detector de fadiga monitora o estado de alerta do motorista analisando o PERCLOS (Percent Eyelid Closure – Percentual de Oclusão da Pálpebra). A câmera soa um alerta sempre que um padrão perigoso é detectado, desta forma desperta a atenção do motorista e previne potenciais acidentes.
De acordo com a empresa, por meio de sensores e algoritmos avançados, o sistema acompanha em tempo real a operação dos motoristas, monitorando seus olhos, boca, expressões faciais e suas ações, permitindo identificar os primeiros sinais de fadiga e também de distração na operação. Quando esses eventos são identificados, o motorista recebe imediatamente um alerta sonoro para alertá-lo e evitar assim um possível acidente.
Além disso, os sensores permitem identificar comportamentos inesperados do veículo como mudança de faixa sem sinalização, aproximação de um veículo a frente, perda de controle na direção e aceleração e freada brusca. Todos esses eventos são registrados e enviados em tempo real para uma plataforma personalizada, podendo ser visualizados remotamente com todos os seus dados relacionados, como registro de imagem da situação de risco, localização e tempo de ocorrência.
Parceria de negócios
A empresa firmou uma parceria de negócios com a cooperativa Coopavel, do Paraná. “Com a Coopavel começamos a parceria em junho do ano passado, dividida em diversos setores. Tem o setor de friaves, que é o produto acabado. Nesse setor fornecemos toda a rastreabilidade, desde quando o pedido é feito até a entrega no cliente final, passando pelo faturamento, roteirização, acompanhamento da entrega, rastreabilidade da temperatura, pois se trata de produto refrigerado, entre outras situações”, aponta.
Na parte de óleo de soja, evidencia Tailan Machado, a solução logística inclui controle de toda telemetria do caminhão e a jornada de trabalho dos motoristas.
Há ainda sistemas que ajudam a dar mais transparência no campo. “Tem também parceria na ração. É feita rastreabilidade, por exemplo, para saber se o caminhão está fazendo a descarga de ração dentro dos silos corretos”, conta, entre outras situações.
Para o profissional, o agro já usa bastante tecnologia, mas há muitas novas soluções que podem contribui para melhorar ainda mais os resultados do setor. “O agronegócio é uma das fontes de renda do Brasil, é um setor muito rico do nosso país, mas é militado em algumas tecnologias. Nosso objetivo é fornecer tecnologia de ponta para que todos os envolvidos na logística ou no agro façam no menor custo, menor tempo, de forma mais segura e eficiente”, destaca o gerente de operações.
Fonte: O Presente Rural